3 de ago. de 2010


Revelação


Filhos, quantos permanecem na expectativa
de novas revelações do Mundo Espiritual
por suplemento da fé, olvidam que o Evangelho
continua sendo a mensagem inédita da vida
que todos carecemos assimilar.


A Ciência, sem dúvida, desvendará aos homens
novos caminhos e a luz da Verdade gradativamente
resplandecerá para as criaturas, todavia
os preceitos básicos para a felicidade humana
se resumem na lição do amor que o Cristo
ensinou à Humanidade.


O maior desafio para o homem não se constitui
na conquista do Cosmos ou no pleno conhecimento
das leis que regem o mundo material:
o seu maior desafio é a conquista de si mesmo,
no domínio mais amplo das próprias emoções
e dos pensamentos que se originam em seu mundo intimo.


A aplicação das virtudes cristãs no cotidiano
- paciência, perdão e solidariedade -
ontem quanto hoje, dentre outras,
é constante apelo à auto-superação
que a cada dia se renova.


Tendo-nos sido legado há dois mil anos,
o Evangelho não perde atualidade,
porquanto as palavras do Cristo,
expressando a Verdade, que jamais se altera,
são de vida eterna.


Assim, não condicioneis a vossa crença
na Doutrina às revelações que vos sejam formuladas
sem critério pêlos que habitam as dimensões
da Vida Mais Alta.


Não façais a vossa fé depender do miraculoso
e do sobrenatural, como se, mentes enfermas,
sentísseis sempre a necessidade de vos alimentardes
do que extrapola os limites do bom senso.


Os espíritos que, de hábito, convosco intercambiam
ainda não diferem muito de vós outros e possuem
parcos conhecimentos Vida
que se desdobra fora da matéria.


Habilitai-vos, em vosso mundo moral,
para os acréscimos que desejais
ao que já sabeis da Verdade.


Por outro lado, considerando-vos, considerai
a falta de instrumentação mediúnica adequada
para que as realidades de Além-Túmulo
vos alcancem sem alterações significativas
e sem comprometimento de sua autenticidade.


Filhos, contentai-vos com o que tendes,
convictos de que ainda não sois gleba
para mais farta semeadura.




Bezerra de Menezes/Carlos A Baccelli
do Livro A Coragem da Fé


-Meimei-

Quando a vida começava no mundo,
os pássaros sofriam bastante.

Pousavam nas árvores e sabiam voar,
mas como haviam de criar os filhotinhos?
Isso era muito difícil.

Obrigados a deixar os ovos no chão,
viam-se, quase sempre, perseguidos e humilhados.

A chuva resfriava-os e os grandes animais,
pisando neles, quebravam-nos sem compaixão.

E as cobras? Essas rastejavam no solo,
procurando-os para devorá-los,
na presença dos próprios pais, aterrados e trêmulos.

Conta-se que, por isso, as aves se reuniram
e rogaram ao Pai Celestial lhes desse o socorro necessário.

Deus ouviu-as e enviou-lhes um anjo que passou
a orientá-las na construção do ninho.

Os pássaros não dispunham de mãos;
entretanto, o mensageiro inspirou-os a usar os biquinhos e,
mostrando-lhes os braços amigos das árvores,
ensinou-os a transportar pequeninas migalhas da floresta,
ajudando-os a tecer os ninhos no alto.

Os filhotinhos começaram a nascer sem aborrecimentos, e,
quando as tempestades apareceram, houve segurança geral.

Reconhecendo que o Pai Celeste havia respondido às suas orações,
as aves combinaram entre si cantar todos os dias,
em louvor do Santo Nome de Deus.

Por essa razão, há passarinhos que se fazem ouvir pela manhã,
outros durante o dia e outros, ainda, no transcurso da noite.

Quando encontrarmos uma ave cantando, lembremo-nos, pois,
de que do seu coraçãozinho, coberto de penas,
está saindo o eterno agradecimento que Deus está ouvindo nos céus.



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Meimei por Chico Xavier
em Pai Nosso - FEB
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-Emmanuel-

"Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé;
provai-vos a vós mesmos." - Paulo. (II CORÍNTIOS, 13:5.)



Diversas atitudes caracterizam os estudantes da Revelação Nova.

Os que permanecem na periferia dos ensinamentos
exigem novas demonstrações fenomenológicas,
sem qualquer propósito de renovação interior.

Aqueles que se demoram na região da letra
estimam as longas discussões sem proveito real.

Quantos preferem a zona do sectarismo,
lançam-se às lutas de separatividade,
lamentáveis e cruéis.

Todos os que se cristalizam no "eu"
dormitam nos petitórios infindáveis,
a reclamarem proteção indébita,
adiando a solução dos seus problemas espirituais.

Os que se retardam nos desvarios passionais
rogam alimento para as emoções,
mantendo-se distantes do legítimo entendimento.

Os que se atiram às correntes da tristeza negativa
gastam o tempo em lamentações estéreis.

Aqueles que se consagram ao culto da dúvida
perdem a oportunidade da edificação divina
em si mesmos, convertendo-se em críticos gratuitos,
ferindo companheiros e estraçalhando reputações.

Quantos se prendem à curiosidade crônica,
borboleteiam aqui e ali, longe do trabalho sério e necessário.

Aqueles que se regozijam na presunção,
passam o dia zurzindo o próximo,
quais se tossem inquisidores permanentes do mundo.

Os que vivem na fé, contudo, acompanham o Cristo,
examinam a si próprios e experimentam a si mesmos,
convertendo-se em refletores da Vontade Divina,
cumprindoa, fielmente, no caminho da redenção.



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Emmanuel / Chico Xavier
em Vinha de Luz
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André Luiz

Não permita que o seu modo de falar se transforme em agressão.

Ao falar, evite comentários ou imagens contrárias ao bem.

Trazer assuntos infelizes à conversação,
lamentando ocorrências que já se foram,
é requisitar a poeira de caminhos já superados,
complicando paisagens alheias.

Atacar alguém será destruir hoje
o nosso provável benfeitor de amanhã.

Não exageres sintomas ou deficiências com os fracos ou doentes,
porque isso viria fazê-los mais doentes e mais fracos.

Na base da esperança e bondade,
não existe quem não possa ajudar conversando.

Da mente aos lábios, temos um trajeto controlável
para as nossas manifestações.

Por isso, tão logo a idéia negativa nos alcance a cabeça,
arredemo-la, porque um pensamento pode ser substituído,
de imediato, no silêncio do espírito, mas a palavra solta
é sempre um instrumento ativo em circulação.



André Luiz/Chico Xavier

De Busca e Acharás
(Emmanuel e André Luiz)

"Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração,
a fim de que não vejam com os olhos e
compreendam no coração e se convertam e eu os cure."
João, 12:40



Os planos mais humildes da Natureza

revelam a Providência Divina,
em soberana expressão de desvelo e amor.

Os lírios não tecem,
as aves não guardam provisões
e misteriosa força fornece-lhes o necessário.

A observação sobre a vida dos animais
demonstra os extremos de ternura com que o Pai
vela pela Criação desde o princípio:
aqui, uma asa; acolá, um dente a mais;
ali, desconhecido poder de defesa.

Afirma-se a grande revelação de amor em tudo.

No entanto, quando o Pai convoca os filhos
à cooperação nas suas obras, eis que muitas vezes
se salientam os ingratos, que convertem os favores recebidos,
não em deveres nobres e construtivos,
mas em novas exigências: então, faz-se preciso
que o coração se lhes endureça cada vez mais,
porque, fora do equilíbrio, encontrarão o sofrimento
na restauração indispensável das leis externas
desse mesmo amor divino.
Quando nada enxergam além dos aspectos materiais
da paisagem transitória, sobrevem, inopinadamente,
a luta depuradora.

É quando Jesus chega e opera a cura.

Só então torna o ingrato à compreensão
da Magnanimidade Divina.

O amor equilibra, a dor restaura.
É por isso que ouvimos muitas vezes:
"Nunca teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido."

Emmanuel/Chico Xavier
de Caminho, Verdade, e Vida


-André Luiz-

Observe as próprias indagações,
antes de formulá-las, adotando o
silêncio sempre que não tiverem
finalidade justa.

Valiosa demonstração de entendimento
e de afeto visitar amigos ou recebê-los
sem perguntas quaisquer.

Ampare quantos lhes compartilham a vida,
sem vascolejar-lhes o coração com
interrogatórios desnecessários.

Arrede da boca as inquirições sem proveito
sobre a família do próximo.

Não faça questionários
quanto à vida íntima de ninguém.

Entretecer apontamentos sem necessidade,
com relação à idade física de alguém,
não é apenas falta de tato e gentileza,
mas também ausência de caridade e de educação.

Se você nutre realmente amizade
por essa ou aquela pessoa,
sem qualquer expectativa de tomar-lhe
a companhia para a convivência mais íntima,
aceite-a tal qual é sem pedir-lhe
certidão do estado civil em que se encontra.

Indiscrição, leviandade, curiosidade vazia
ou malícia afastam de quem as cultiva
as melhores oportunidades de elevação e progresso.

O amor verdadeiro auxilia sem perguntar.
Respeite as necessidades e provações dos outros,
para que os outros respeitem as suas
provações e necessidades.

André Luiz/Chico Xavier
de Sinal Verde


Hilário Silva

- Você tem a força de Deus nas mãos!
- Você não é homem para viver na obscuridade.
- Por que não montar gabinete próprio
num dos melhores pontos da cidade,
a fim de atender ao povo?
- Você nasceu para melhor destino ....

- Estejamos todos prósperos
e poderemos naturalmente ajudar.

Adelino de Carvalho, abnegado médium passista
de Uberaba, em Minas, começou a ouvir semelhantes frases
de muitos amigos, admiravelmente situados no círculo das
finanças. E tantos elogios ouviu que passou a considerar,
intimamente, a possibilidade de casa no centro urbano.

Não precisava de grande mansão.
Um palacete que não desse muito trabalho seria bastante.
Um lugar em que pudesse acolher as visitas
com elegância e decência.

Quando o plano se tornou amadurecido
no pensamento, concentrou-se e pediu
a opinião da Esfera Espiritual.

Quem compareceu foi Antonio Logogrifo,
excelente amigo desencarnado.
Adelino expõe o projeto e roga parecer.

Logogrifo, no entanto, passa a esclarecê-lo, bondoso.
Que um médium, antes de tudo, precisa assistência moral,
que não lhe convinha figurar uma situação que não tinha,
que deveria permanecer no domicílio singelo
e que os amigos não podiam efetuar aquilo que
somente a ele competia fazer.

- Mas – suspirou o médium contrariado
– não posso aspirar à melhoria?
Valorizar os meus interesses, elevar-me socialmente?

- Pode sim – ditou o Espírito amigo -,
mas não à custa de vãs aparências
e sim por seu próprio esforço, lutando, amando,
servindo, batalhando em favor do bem...

- Então, crescer no mundo será sempre vaidade?
– gemeu Carvalho, triste.

- Não, Adelino – obtemperou o companheiro -,
não é bem isso. A vaidade tem consigo
o progresso da cauda de cavalo.
- Como assim?
E o amigo espiritual informou, sorridente:
- Só cresce para baixo.

Como quem acorda de longo sono,
Adelino sentiu estranho contentamento.
Compreendeu, então, que na sua modesta casa
já morava a felicidade.
E, chorando de alegria, pode apenas dizer:
- Deus lhe pague, meu irmão.

Hilário Silva/Chico Xavier
do Livro A Vida Escreve
"Segue-me e deixa aos mortos o
cuidado de enterrar os mortos."
- Jesus. (Mateus, 8, 22)


Brígida Fries



"Para aqueles que são fortes

os desafios são a própria razão da existência.

Enfrentá-los não significa lutar contra a vida,

mas sim aprender com ela.

Basta ter coragem para dar o primeiro passo

e tudo irá conspirar a seu favor.

O mundo está precisando de pessoas

que encarem as situações
e façam logo o que precisa ser feito".



Brígida Fries

in A Paz de Todo Dia