3 de ago. de 2010
"Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração,
a fim de que não vejam com os olhos e
compreendam no coração e se convertam e eu os cure."
João, 12:40
Os planos mais humildes da Natureza
revelam a Providência Divina,
em soberana expressão de desvelo e amor.
Os lírios não tecem,
as aves não guardam provisões
e misteriosa força fornece-lhes o necessário.
A observação sobre a vida dos animais
demonstra os extremos de ternura com que o Pai
vela pela Criação desde o princípio:
aqui, uma asa; acolá, um dente a mais;
ali, desconhecido poder de defesa.
Afirma-se a grande revelação de amor em tudo.
No entanto, quando o Pai convoca os filhos
à cooperação nas suas obras, eis que muitas vezes
se salientam os ingratos, que convertem os favores recebidos,
não em deveres nobres e construtivos,
mas em novas exigências: então, faz-se preciso
que o coração se lhes endureça cada vez mais,
porque, fora do equilíbrio, encontrarão o sofrimento
na restauração indispensável das leis externas
desse mesmo amor divino.
Quando nada enxergam além dos aspectos materiais
da paisagem transitória, sobrevem, inopinadamente,
a luta depuradora.
É quando Jesus chega e opera a cura.
Só então torna o ingrato à compreensão
da Magnanimidade Divina.
O amor equilibra, a dor restaura.
É por isso que ouvimos muitas vezes:
"Nunca teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido."
Emmanuel/Chico Xavier
de Caminho, Verdade, e Vida