11 de abr. de 2011
Não importa se a estação do ano muda…
Se o século vira, se o milênio é outro.
Se a idade aumenta…
Conserva a vontade de viver,
Se o século vira, se o milênio é outro.
Se a idade aumenta…
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela.
. . .
Bem vindo OUTONO!!!
Minha segunda estação do ano preferida ( a primeira é o inverno, tempo frio me inspira... )
Que você venha com tudo e derrube não só as folhas das árvores, derrube também os sentimentos ruins, o medo, o ódio, o desamor.
Que suas tardes em tom sépia tragam inspiração aos casais que se amam, amor aos que ainda não o tem e esperança sempre à todos nós!
''Nossa, há quanto tempo... Como vão as coisas no seu pequeno planeta? Aqui, no meu, andam imensamente estranhas – muito baobá para pouca flor, se é que você entende meus simbolismos.
( . . . )
Príncipe, como você é meu amigo de infância, não posso deixar de alertá-lo. Cuidado com a Raposa. Ela parece uma coisa, mas é outra. Faz-se de fofa e é uma cobra, uma chantagista.
Quando a conheci, ela disse que não podia conversar comigo, pois não sabia quem eu era. “A gente s conhece bem as coisas que cativou”, ela falou, toda insinuante.
Respondi que, se nós duas nos cativássemos, ela ficaria triste quando eu fosse embora. Foi quando saquei que ela queria ter um cacho comigo, pois a Raposa pegou no meu cabelo – eu estava loira na época – e disse que tudo bem, porque ela olharia os campos de trigo e se lembraria de mim.
Marcamos um encontro para o dia seguinte, às 4. E ela me pediu para chegar às 4 em ponto, dessa forma ela ficaria feliz desde as 3 somente por esperar o momento do nosso encontro. Achei estranho, mas pensei que fosse charme. Não era.
Cheguei 15 minutos atrasada e a Raposa surtou. Falou que nós somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. E perguntou para mim, olhando diretamente nos meus olhos, se eu tinha consciência de que “perder tempo” com o outro é o que faz essa história importante.
Percebeu o tom de chantagem? Ela joga na cara tudo o que faz em nome do outro. Ela deseja afeto, mas o quer como uma responsabilidade de mão única. Porém, também somos responsáveis quando nos deixamos cativar – relacionamentos são vias de mão dupla.
A Raposa exige a certeza de um compromisso com hora marcada, impondo regras à troca afetiva. As regras dela, claro, já que ela quer todo o afeto a favor de seu bem-estar. Chega a ponto de dizer que será feliz porque você virá. Como se a felicidade fosse algo condicionado ao outro, à espera do outro, ao encontro com o outro.
Veja que coisa infantil. São as crianças que precisam de horários certinhos e de associar suas emoções às pessoas com quem se relacionam. Sentindo prazer ou desprazer diante da ausência ou presença da mãe ou do pai ou de quem quer que seja. Na criança, ainda não há um universo interior, entendeu? Quando nós crescemos, temos de conseguir ver o mundo através das próprias perspectivas. Enxergar a beleza de um trigal sem nos lembrar de ninguém.
A Raposa, como uma criança assustada, quer que aqueles que a amam estejam com ela na hora em que ela deseja. Achando que eles são “responsáveis” pela felicidade dela. Ou seja, o outro lhe deve algo por tê-la cativado.
Desde esse dia, não falo mais com ela. E aconselho você a fazer o mesmo. Ela não é flor que se cheire.
28 de fev. de 2011
A escolha
Um aprendiz se aproximou do mestre e disse:
-"Mestre, gostaria de ser um grande lutador de karatê mas penso que também devia me dedicar ao judô de modo a conhecer muitos estilos de luta. Só assim poderia ser o melhor de todos."
E o mestre respondeu:
-"Se um homem vai para o campo e começa a correr atrás de 2 raposas ao mesmo tempo, vai chegar melhor a cada momento. Viva com propósito. Viva com paixão. Viva com convicção.
Ninguém, não importa o que aconteça, é capaz de tirar de você a essência que o torna especial, os verdadeiros dons que fazem de você a pessoa que é. Tenha convicção e saiba que você sempre será essa pessoa cheia de potenciais, não importa em que bairro more, ou o tipo de carro que dirija, não importa o que as outras pessoas pensem a seu respeito.
Viva com convicção e você terá uma razão para viver.
-"Mestre, gostaria de ser um grande lutador de karatê mas penso que também devia me dedicar ao judô de modo a conhecer muitos estilos de luta. Só assim poderia ser o melhor de todos."
E o mestre respondeu:
-"Se um homem vai para o campo e começa a correr atrás de 2 raposas ao mesmo tempo, vai chegar melhor a cada momento. Viva com propósito. Viva com paixão. Viva com convicção.
Ninguém, não importa o que aconteça, é capaz de tirar de você a essência que o torna especial, os verdadeiros dons que fazem de você a pessoa que é. Tenha convicção e saiba que você sempre será essa pessoa cheia de potenciais, não importa em que bairro more, ou o tipo de carro que dirija, não importa o que as outras pessoas pensem a seu respeito.
Viva com convicção e você terá uma razão para viver.
6 de fev. de 2011
Desiderata "Siga tranquilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio. Tanto quanto possível sem humilhar-se, mantenha-se em harmonia com todos que o cercam."Fale a sua verdade, clara e mansamente. "Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história. "Evite as pessoas agitadas e agressivas : elas afligem o nosso espírito. Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você : isso o tornaria superficial e amargo. "Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar. Mantenha o interesse no seu trabalho, por mais humilde que seja ele é um verdadeiro tesouro na contínua mudança dos tempos. "Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas. Mas não fique cego para o bem que sempre existe. Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo. "Seja você mesmo. "Sobretudo, não simule afeição e não transforme o amor n'uma brincadeira, pois, no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva. "Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude. "Cultive a força do espírito e você estará preparado para enfrentar as surpresas da sorte adversa. Não se desespere com perigos imaginários : muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.* "Ao lado de uma sadia disciplina conserve, para consigo mesmo, uma imensa bondade. "Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino. "Procure, pois, estar em paz com Deus, seja qual for o nome que você lhe der. No meio do seu trabalho e nas aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz. "Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, o mundo ainda é bonito. "Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz e partilhe com os outros a sua felicidade." Desiderata - do Latim "Desideratu" : aquilo que se deseja, aspiração. Este texto foi encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, datado de 1692. * Este trecho do texto foi inserido na música "Há Tempos", no álbum "As Quatro Estações" do grupo Legião Urbana. | |
MISTÉRIO
Há vozes dentro da noite que clamam por mim,
Há vozes nas fontes que gritam meu nome.
Minha alma distende seus ouvidos
E minha memória desce aos abismos escuros
Procurando quem chama.
Há vozes que correm nos ventos clamando por
[ mim.
Há vozes debaixo das pedras que gemem meu
[ nome
E eu olho para as árvores tranqüilas
E para as montanhas impassíveis
Procurando quem chama.
Há vozes na boca das rosas cantando meu nome
E as ondas batem nas praias
Deixando exaustas um grito por mim
E meus olhos caem na lembrança do paraíso
Para saber quem chama.
Há vozes nos corpos sem vida,
Há vozes no meu caminhar,
Há vozes no sono de meus filhos
E meu pensamento como um relâmpago risca
O limite da minha existência
Na ânsia de saber quem grita.
De Cantos da Angústia (1948)
REPOUSO
Dá-me tua mão
E eu te levarei aos campos musicados pela
[ canção das colheitas
Cheguemos antes que os pássaros nos disputem
[ os frutos,
Antes que os insetos se alimentem das folhas
[ entreabertas.
Dá-me tua mão
E eu te levarei a gozar a alegria do solo
[ agradecido,
Te darei por leito a terra amiga
E repousarei tua cabeça envelhecida
Na relva silenciosa dos campos.
Nada te perguntarei,
Apenas ouvirás o cantar das águas adolescentes
E as palavras do meu olhar sobre tua face muito
[ amada.
De As Fronteiras da Quarta Dimensão (1951)
Há vozes dentro da noite que clamam por mim,
Há vozes nas fontes que gritam meu nome.
Minha alma distende seus ouvidos
E minha memória desce aos abismos escuros
Procurando quem chama.
Há vozes que correm nos ventos clamando por
[ mim.
Há vozes debaixo das pedras que gemem meu
[ nome
E eu olho para as árvores tranqüilas
E para as montanhas impassíveis
Procurando quem chama.
Há vozes na boca das rosas cantando meu nome
E as ondas batem nas praias
Deixando exaustas um grito por mim
E meus olhos caem na lembrança do paraíso
Para saber quem chama.
Há vozes nos corpos sem vida,
Há vozes no meu caminhar,
Há vozes no sono de meus filhos
E meu pensamento como um relâmpago risca
O limite da minha existência
Na ânsia de saber quem grita.
De Cantos da Angústia (1948)
REPOUSO
Dá-me tua mão
E eu te levarei aos campos musicados pela
[ canção das colheitas
Cheguemos antes que os pássaros nos disputem
[ os frutos,
Antes que os insetos se alimentem das folhas
[ entreabertas.
Dá-me tua mão
E eu te levarei a gozar a alegria do solo
[ agradecido,
Te darei por leito a terra amiga
E repousarei tua cabeça envelhecida
Na relva silenciosa dos campos.
Nada te perguntarei,
Apenas ouvirás o cantar das águas adolescentes
E as palavras do meu olhar sobre tua face muito
[ amada.
De As Fronteiras da Quarta Dimensão (1951)
ESCULTURA
Eu já te amava pelas fotografias.
Pelo teu ar triste e decadente dos vencidos,
Pelo teu olhar vago e incerto
Como o dos que não pararam no riso e na
[ alegria.
Te amava por todos os teus complexos de
[ derrota,
Pelo teu jeito contrastando com a glória dos
[ atletas
E até pela indecisão dos teus gestos sem
[ pressa.
Te falei um dia fora da fotografia
Te amei com a mesma ternura
Que há num carinho rodeado de silêncio
E não sentiste quantas vezes
Minhas mãos usaram meu pensamento,
Afagando teus cabelos num êxtase imenso.
E assim te amo, vendo em tua forma e teu olhar
Toda uma existência trabalhada pela força
[ e pela angústia
Que a verdade da vida sempre pede
E que interminavelmente tens que dar!...
De A Mulher Ausente (1940)
Eu já te amava pelas fotografias.
Pelo teu ar triste e decadente dos vencidos,
Pelo teu olhar vago e incerto
Como o dos que não pararam no riso e na
[ alegria.
Te amava por todos os teus complexos de
[ derrota,
Pelo teu jeito contrastando com a glória dos
[ atletas
E até pela indecisão dos teus gestos sem
[ pressa.
Te falei um dia fora da fotografia
Te amei com a mesma ternura
Que há num carinho rodeado de silêncio
E não sentiste quantas vezes
Minhas mãos usaram meu pensamento,
Afagando teus cabelos num êxtase imenso.
E assim te amo, vendo em tua forma e teu olhar
Toda uma existência trabalhada pela força
[ e pela angústia
Que a verdade da vida sempre pede
E que interminavelmente tens que dar!...
De A Mulher Ausente (1940)
POEMA NATURAL
Abro os olhos, não vi nada
Fecho os olhos, já vi tudo.
O meu mundo é muito grande
E tudo que penso acontece.
Aquela nuvem lá em cima?
Eu estou lá,
Ela sou eu.
Ontem com aquele calor
Eu subi, me condensei
E, se o calor aumentar, choverá e cairei.
Abro os olhos, vejo um mar,
Fecho os olhos e já sei.
Aquela alga boiando, à procura de uma pedra?
Eu estou lá,
Ela sou eu.
Cansei do fundo do mar, subi, me desamparei.
Quando a maré baixar, na areia secarei,
Mais tarde em pó tomarei.
Abro os olhos novamente
E vejo a grande montanha,
Fecho os olhos e comento:
Aquela pedra dormindo, parada dentro do
[ tempo,
Recebendo sol e chuva, desmanchando-se ao
[ vento?
Eu estou lá,
Ela sou eu.
De Poemas (1937)
Abro os olhos, não vi nada
Fecho os olhos, já vi tudo.
O meu mundo é muito grande
E tudo que penso acontece.
Aquela nuvem lá em cima?
Eu estou lá,
Ela sou eu.
Ontem com aquele calor
Eu subi, me condensei
E, se o calor aumentar, choverá e cairei.
Abro os olhos, vejo um mar,
Fecho os olhos e já sei.
Aquela alga boiando, à procura de uma pedra?
Eu estou lá,
Ela sou eu.
Cansei do fundo do mar, subi, me desamparei.
Quando a maré baixar, na areia secarei,
Mais tarde em pó tomarei.
Abro os olhos novamente
E vejo a grande montanha,
Fecho os olhos e comento:
Aquela pedra dormindo, parada dentro do
[ tempo,
Recebendo sol e chuva, desmanchando-se ao
[ vento?
Eu estou lá,
Ela sou eu.
De Poemas (1937)
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