3 de ago. de 2010
-Emmanuel-
O recurso à legítima defesa é naturalmente
um direito comum a todas as criaturas.
Nem há que duvidar de semelhante prerrogativa.
No entanto, importa considerar que esse direito
não consiste em subtrair a existência do próximo,
invadindo atribuições que pertencem a Deus.
Dispomos do privilégio da defensiva,
aplicando a nós mesmos os artigos da Lei Divina,
obedecendo-lhe as determinações que nos garantem
respeitabilidade e equilíbrio.
Defender-nos-emos contra a incursão em novos débitos,
abstendo-nos de alongar a despesa de cada dia,
além da receita que nos compete.
Estaremos agindo contra as hostilidades alheias,
ofertando aos outros simpatia e cooperação.
Não cairemos no fogo da calúnia,
desde que vivamos em guarda contra
a leviandade e a maledicência.
Elevar-nos-emos, além da vasa do crime,
submetendo-nos ao culto incessante do bem,
segundo os nossos deveres, e fugindo
ao império da tentação.
Respiraremos libertos da irritação e da cólera
se dermos ao companheiro do caminho o respeito
e a compreensão que desejamos dele próprio,
em nosso favor.
Distanciar-nos-emos das extravagâncias da vaidade
e do orgulho, sustentando, em nós mesmos,
a humildade que a vida nos aconselha.
Cristo é o nosso Divino Médico,
ensinando-nos a observar os mais avançados princípios
de imunologia da alma, na preservação
dos valores eternos do Espírito.
Perdoemo-nos uns aos outros, setenta vezes sete,
em todas as nossas falhas na jornada evolutiva;
amparemos o vizinho, tanto quanto lhe reclamamos
o entendimento e o auxílio e, amando-nos reciprocamente
no padrão do Senhor que nos protegeu
até o sacrifício supremo, estaremos praticando
a defesa legítima, único baluarte
de nossa segurança e de nossa paz.
Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Trilha de Luz